quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Sem palavras

Nas reticências
Vieram os sinais
Que me silenciam.
Diante da ausência
Que me norteiam.

Urge mais que distante,
Fez-se apenas como amante
Sem qualquer diamante
E ainda mentes,
Brilhantemente.

As estrelas do céu,
Nada mais que cruel,
Sem o seu doce mel,
Não há melodia
Durante o dia 
Ou a noite.

Pousa sobre a lua
Meio que desnuda
No silêncio,
Tudo muda
E se mortifica.



sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Música

Meias-palavras,
nada mais,
poucas melodias
durante os dias...

O ruído que corrói
desprende e
perece.

Meias-verdades
não há idades
que desaparecem
com o tempo.
Amém.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Filosofia

Parto de uma total insignificante ignorância,
O que faço com gosto: questionar.
Melancolicamente com ares fatídicos
Sobre o "só sei que nada sei".
Nada mais estranho e denso,
É esse tal de conhecimento,
Que serve à mente como cimento
Por dar base aos argumentos,
Por vezes, etnocêntricos,
Faz-nos pensar em Teeteto,
Diante dos condicionamentos
Transformados em crenças,
Verdadeiras ou falsas,
Que viram descrenças
Diante da oferenda do tempo..
Fazem-nos crianças.

Ai, que pena!
Dai-me penas para escrever!