sexta-feira, 29 de junho de 2012

Seu Zé


Zé deixa isso pra lá
Zé deixa isso pra cá
Deixa disso nisso

Desaprende e desapega
Sem pegar e pagar.

Vá Zé, vaza Zé!
Feliz Zé? Se é infeliz...



domingo, 24 de junho de 2012

Buquê


Sem pra quê,
Nem por quê,
A flor chegou e
Ganhei um buquê.

Um aroma
Que só soma.
E, ao sonhar,
Vou te amar.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Tributo ao Amor


Cinjam os tambores,
Fomentam os amores.
O imperativo do amor
Assola, passa, consola.

O amor se expande,
Dilacera e se exalta.
Misturam-se as vozes,
Unificam o sentir,
Mesclam o ser.

Dá luz ao seu gingado,
Não há enfadados.
Apenas fadas
Sem fardos
E todos libertos.

É o amor.
Recém chegado.

Transcende e ascende sua voz,
Levanta perene presente.
Mesmo distante e não ausente,
Força capaz de dar a paz.

É o amor.
Bem-vindo.

domingo, 17 de junho de 2012

A Lebre e o Conto de Fada


No império,
Às margens do rio,
Inconstante
Da vida,
Sorrio.

Passou uma lebre,
Que me fez relembrar:
O céu azulado,
As nuvens esbranquiçadas,
As flores rosadas,
Que abordou o meu amor,
Abrandou a minha dor,
Esbanjou o meu sabor.

O céu se abriu,
Numa margem de brisa,
Sem que houvesse preguiça,
O sol ensolarado
Deu-me vários raios dourados.

E a lebre pequena colorida,
Contou-me um conto de fada,
Em sol menor.
Que me fez adormecer,
Sem me estremecer,
Fez-me transcender ao entardecer.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Fluentes afluentes



Deságua
Lágrima
Em seu
Resplendor
Em dor.
 
Unem-se em gotas,
Num rio alarga-se
A margem expande-se.
Tudo junto, forte
Como um forte.
 
Meandros contornam
Afluentes influenciam
Contrariamente
E mente.
O rio diverge,
O rio seca
A cabeça.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Véu


Corro,

senão morro.

Despetalada,

pelada

ao vento,

desfaço-me

e desvendo

o seu véu

no céu

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Diva



Dúvida,
Dívida,
Dividida.

Assim estou
Inteira,
Sem eira.

Uma Diva
Sentada no divã
Diante da vida.

domingo, 3 de junho de 2012