Para quem nunca foi ou será
É para quem faço o poema
No futuro ou no passado
Chamado saudade e clamado
Saudade para quem se foi
Saudade para quem será
Saudade afugenta o que se é
Saudade no presente não há.
Você e a saudade não combinam
Quando você chega, ela se vai
Quando você se vai, ela aproxima
Em meu peito e não se vai.
Tristeza em beleza
Modifico, destruo e recrio
Sou destruidora de mim
Sou construtora sem fim.
Até a saudade ir para o norte
E se aproximar o presente
Que nem a morte
Possa me conter.
(E eu te deter e te prender)
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