terça-feira, 27 de março de 2012

Pequena pequenina

Sem sentido e sem significância

Assim ficou e assim se foi.

Insignificante é a vida, 

que se pôs a nadar para longe

Mais sábia que o sabia.

Fugiu como se foge do diabo que corre da cruz.

Fugitiva vida, escondeu-se para não ser achada.

Por trás de um muro se escondeu e se perdeu.

Diminuiu-se de tamanho ao invés de se engrandecer.

Ganhou a liberdade na transformação

Continuou atrás do muro.

Acha que o muro a protege.

Riem as nuvens que a molham com a boca

Zomba o sol que a queima com o olhar

Pequenina, tão pequenina não sabe que não adianta se esconder?

quarta-feira, 21 de março de 2012

Momento "Coincidências"



"A coincidência é a presença discreta de Deus propositadamente programada para dar certo na hora exata e nas circunstâncias ideais." ( do espírito de Joanna de Ângelis)

segunda-feira, 19 de março de 2012

Saudade


Para quem nunca foi ou será

É para quem faço o poema

No futuro ou no passado

Chamado saudade e clamado



Saudade para quem se foi

Saudade para quem será

Saudade afugenta o que se é

Saudade no presente não há.



Você e a saudade não combinam

Quando você chega, ela se vai

Quando você se vai, ela aproxima

Em meu peito e não se vai.



Tristeza em beleza

Modifico, destruo e recrio

Sou destruidora de mim

Sou construtora sem fim.



Até a saudade ir para o norte

E se aproximar o presente

Que nem a morte

Possa me conter.

(E eu te deter e te prender)

segunda-feira, 12 de março de 2012

Se...

Se me amas, ame-me devagarinho
Sem pressa, sem pena.

Se me amas, ame-me com compromisso
Sem pressão, sem obrigação.

Se me amas, não me cerques
não me acertes, não me risques.

Se me amas, ame-me de e com coração
sem não, apenas com perdão.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Parede, telha.

A bela telha de minha casa não é colorida.

Então deixa de ser bela?

Se a telha se difere da rima dada

beleza, já não há.


Se a parede fosse branca como a de todos

E a minha fosse branca, já há beleza.

E, assim moro na realeza

E longe da invejosa indiferença.

sexta-feira, 2 de março de 2012

O tamanho do seu sentir

Dormir e sonhar
ou sonhar e dormir?

Viver e amar
ou amar e viver?

Sentir e existir
ou existir e sentir?
 
Escolher e encolher
ou encolher e escolher?

Sê inteiro e feiticeiro de ti.

("Sê plural como universo!". Fernando Pessoa)