quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Tempo II


Tempo, o que dizer de ti?
Tu és jovem, esbelto, radical
Tu és velho, sereno, angelical
Tempo, o que pensar de ti?

Todos tentam te domar
Na aparência buscamos nos moldar
Buscamos nos petrificar
E tu a nos destruir e recriar

De ti nada conseguem
Apenas o seguem
Tu és indomesticável
Tu és invencível e infalível

Na luta contra ti
Perdemos nossa jovialidade
Sucumbimos a nossa idade
Ganhamos experiência
E nos pede para termos paciência

Quando temos paciência,
Retira-nos a vida reverenciada
Extirpa-nos da terra vivenciada
Perdemos a ciência da vida

Ah, Tempo! Fita-nos com a beleza
Traz-nos, também, a tristeza
Traz-nos tudo sem querermos
Leva-nos tudo sem solicitarmos

És um menino brincalhão
És um moço ladrão
Quão mimado és, então!

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